Em 1966 foi lançada a PGPM Política De Garantia de Preços Mínimos , criticada pelos marxistas a época como uma modernização conservadora este modelo teve na agricultura brasileira durante estes 45 anos de vigência influências profundas com suas virtudes e defeitos, copiada do Agriculture Adjustment Act de Franklin Roosevelt de 1933 . Foi implementada no Brasil em uma conjuntura completamente diversa da qual foi concebida nos EUA, recessão com deflação e super produção dos anos 30, enquanto aqui tínhamos inflação e falta de produção; lá tinha uma fronteira agrícola já estabelecida aqui um país a colonizar.
A política era bem simples, o governo comprava excedentes na safra fazendo os preços subirem e os vendia na entre safra para baixa-los.
Modificada lá somente em 1973 pelo Agriculture and Consumer Act o modelo americano foi transformado em decorrência da inflação segundo eles ou para prejudicar a soja brasileira segundo teorias conspiratórias. O certo é que numa economia aberta a importações elevar os preços internos como política pública, é uma burrice inominada e os americanos sempre primaram pela racionalidade.
Aqui no Brasil as coisa iam bem, a soja tomava conta do cerrado, o boi e o arroz na frente desbravando e a PGPM garantintindo tudo. Pois por incrível que pareça contra todos os diagnósticos a copia mal feita deu certo e funcionou muito bem até. Bom nada dura para sempre.
Em 91 o Sarney e o Alfonsim se encontraram no Paraguay e na falta do que fazerem, fizeram o Mercosul, depois o Collor e o Menem só pioraram, e coisa feita por estes quatro não podia dar certo e não deu.
Desde 91 aqui, como em 73 nos EUA o sistema parou de funcionar devido as importações. Um modelo como a PGPM que garante preços com compras no mercado para elevar preço não funciona com importações, sao recursos escassos sendo jogados fora, preços maiores para os consumidores, déficit na balança comercial e prejuízo para o tesouro.
Hoje o Brasil esta pronto para uma nova política agrícola, que ao mesmo tempo combata a inflação, estimule a produção interna, garanta a segurança alimentar e estimule a cadeia produtiva, tudo isto em uma simples copia do que os americanos já fizeram em 1973, a adoção do preço meta.
O novo sistema garante renda ao produtor através de transferencias diretas do tesouro atinge somente a renda dos brasileiros, derruba os preços internos ao invés de eleva-los, e dá ao governo o poder de estimular ou desestimular tal ou qual cultura segundo suas demandas.
Analisado do ponto de vista atual é difícil compreender como esta política tão criticada na sua concepção, implementada em uma conjuntura tão diferente da que foi concebida pode ter uma vida tão longa; e ainda hoje como um zumbi assombrar os agricultores brasileiros em pleno século 21.
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